Você já se viu naquela situação em que o dinheiro apertou, bateu o desespero, e você começou a pesquisar opções de crédito? Pois é, nesse momento, dois nomes costumam aparecer com força: empréstimo pessoal e empréstimo consignado.
Mas aí vem a dúvida: “Qual vale mais a pena no meu caso?”
E a resposta não é tão simples quanto parece. Cada tipo de empréstimo tem suas peculiaridades, vantagens escondidas e armadilhas disfarçadas.
Neste guia, vou te mostrar tudo o que você precisa saber sobre Empréstimo Pessoal x Empréstimo Consignado, de um jeito fácil, direto e sem enrolação. Bora descobrir qual opção realmente encaixa com seu momento de vida?
Antes de tudo: entenda o conceito de cada um
O que é Empréstimo Pessoal?
O empréstimo pessoal é como um “vale financeiro” que você solicita direto ao banco, fintech ou instituição financeira. Você não precisa explicar pra que vai usar, e o valor é depositado na sua conta. Simples assim.
Principais características:
- Pode ser contratado por qualquer pessoa com crédito aprovado
- Pagamento por boleto ou débito automático
- Parcelamento pode variar entre 6 a 48 vezes (às vezes mais)
- Juros variam bastante: de 2% até 20% ao mês (sim, uma diferença enorme!)
Bom para quem precisa de dinheiro rápido e não tem vínculo formal com empresas ou o INSS.
O que é Empréstimo Consignado?
Já o consignado é aquele que tem desconto automático em folha — ou seja, o valor da parcela é abatido direto do seu salário ou benefício.
Quem pode contratar?
- Aposentados e pensionistas do INSS
- Servidores públicos
- Trabalhadores CLT de empresas conveniadas
Principais vantagens:
- Juros MUITO mais baixos (geralmente entre 1,3% e 2,5% ao mês)
- Aprovação facilitada (já que o risco de inadimplência é menor)
- Prazo longo de pagamento (até 84 meses em alguns casos)
Mas atenção: como o desconto é automático, pode comprometer seu orçamento antes mesmo de o dinheiro cair na conta.
Empréstimo Pessoal x Empréstimo Consignado: Quem leva a melhor?
Chegou a hora da comparação direta — e sem enrolação — entre os dois tipos de crédito. Se você estava esperando um “placar final”, é aqui que a briga fica boa.
Pra facilitar sua vida, preparei uma tabela clara e objetiva com os principais pontos de diferença. Mas não para por aí: logo abaixo, explico o que cada uma dessas diferenças realmente significa na prática do seu dia a dia.
Característica | Empréstimo Pessoal | Empréstimo Consignado |
Taxa de juros | Alta (até 20% a.m.) | Baixa (a partir de 1,3% a.m.) |
Forma de pagamento | Boleto/débito | Desconto em folha |
Facilidade de contratação | Média | Alta (com vínculo ativo) |
Risco de inadimplência | Alto (depende do controle) | Baixo (desconto automático) |
Flexibilidade | Alta | Menor |
Necessidade de vínculo | Não | Sim |
O que tudo isso quer dizer?
Taxa de juros
Essa é, sem dúvida, uma das maiores vantagens do consignado. Como o banco tem mais segurança (o pagamento é descontado direto do seu salário), ele te cobra menos juros. Já no pessoal, o risco para a instituição é maior — e isso pesa no seu bolso.
Forma de pagamento
No pessoal, você tem a liberdade (e a responsabilidade) de pagar com boleto ou débito. Já no consignado, o valor sai do seu salário automaticamente. Isso ajuda a evitar esquecimentos, mas também tira o controle de parte da sua renda.
Liberdade x Regras
O empréstimo pessoal é mais democrático: qualquer pessoa pode tentar. O consignado exige vínculo. Ou seja, ele é vantajoso, mas não é pra todo mundo.
Aprovação e agilidade
Por ter menos risco, o consignado costuma ter aprovação mais fácil e rápida. Já o pessoal pode envolver análise de crédito mais rigorosa, principalmente se você estiver negativado ou com score baixo.
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Comprometimento da renda
No consignado, a parcela é fixa e obrigatória. Isso traz segurança para o banco, mas também pode apertar seu orçamento se você for pego desprevenido com outras despesas. No pessoal, você escolhe a data e a forma de pagamento, mas tem que se virar para não esquecer e não se enrolar.
Quando cada tipo de empréstimo é a melhor escolha?
Nem sempre o que funciona para um amigo vai funcionar pra você. Por isso, entender em que situação cada tipo de empréstimo se encaixa melhor pode evitar muita dor de cabeça (e juros desnecessários).
Empréstimo pessoal é a melhor escolha quando:
- Você é autônomo, MEI ou freelancer, ou seja, não tem salário fixo registrado em carteira nem benefício do INSS.
- Precisa de dinheiro com urgência, mas não tem margem consignável disponível.
- Quer mais autonomia: você escolhe data de pagamento, valor da parcela e não depende de vínculos.
- Planeja quitar a dívida em pouco tempo e tem um bom relacionamento com o banco para negociar taxas menores.
Empréstimo consignado é a melhor pedida quando:
- Você é aposentado, pensionista, servidor público ou CLT conveniado.
- Busca segurança nas parcelas: elas são fixas, com desconto automático em folha.
- Precisa de prazos mais longos para pagar com parcelas mais suaves.
- Quer pagar menos juros e não se incomoda em ter parte da renda comprometida automaticamente.
Resumo esperto: se você tem estabilidade no vínculo e quer pagar menos, vai de consignado. Se valoriza flexibilidade ou não tem vínculo formal, o pessoal pode ser o caminho.

Erros comuns ao contratar empréstimos (e como fugir dessas ciladas)
Muita gente se enrola por falta de atenção nos detalhes. Aqui vão os erros mais comuns — e como você pode evitá-los com tranquilidade:
1. Olhar só o valor da parcela (e ignorar o CET)
O Custo Efetivo Total (CET) mostra o valor real da dívida, incluindo juros, tarifas e seguros embutidos. Parcelinha pequena pode esconder um rombo.
2. Aceitar a primeira oferta que aparecer
Bancos e fintechs têm políticas diferentes. Use simuladores, pesquise, compare. Às vezes a economia em juros pode ser de centenas (ou até milhares) de reais.
3. Assinar sem ler o contrato com atenção
Parece chato, eu sei. Mas contratos têm pegadinhas. Leia, pergunte, questione cláusulas que não entendeu. Se puder, peça uma cópia antes de assinar.
4. Pegar mais dinheiro do que precisa
Pode parecer tentador, mas isso significa mais parcelas e mais juros. Planeje direitinho quanto realmente é necessário.
5. Ignorar o impacto das parcelas no orçamento mensal
No consignado, o desconto é fixo. No pessoal, se você atrasar, os juros comem solto. Planeje com base na sua realidade.
Como escolher o melhor tipo de empréstimo sem errar?
Se ainda está em dúvida, aqui vai um passo a passo prático e descomplicado:
- Analise sua renda e compromissos mensais
Tem espaço pra uma parcela nova? Vai conseguir manter tudo em dia? - Veja se você tem acesso ao consignado
Trabalha CLT numa empresa conveniada, é servidor ou aposentado? Pode ser uma baita vantagem. - Simule em pelo menos 3 instituições diferentes
Compare taxas, prazos, condições e valor final da dívida. - Cheque o CET (sempre!)
Esqueça a ilusão da “parcela leve”. Foque no custo total. - Fuja de ofertas milagrosas pela internet ou WhatsApp
Só contrate com instituições autorizadas pelo Banco Central. - Avalie seu perfil financeiro e psicológico
Você prefere liberdade e controle ou estabilidade e previsibilidade?
Dica extra: se a parcela do consignado vai te deixar com menos de 70% do salário disponível, pense duas vezes. O barato pode sair caro.
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Conclusão de Empréstimo Pessoal x Empréstimo Consignado
Ao longo deste conteúdo, você percebeu que Empréstimo Pessoal x Empréstimo Consignado não é só uma comparação entre dois produtos financeiros — é uma decisão que pode impactar diretamente a saúde do seu orçamento nos próximos meses (ou até anos).
Então, se você chegou até aqui, já está vários passos à frente da maioria das pessoas que tomam decisões no impulso, sem entender o que estão contratando.
Se você tem estabilidade no emprego ou é aposentado/pensionista e pode optar pelo consignado, essa será quase sempre a alternativa com menor juros, prazos maiores e mais segurança no pagamento.
Se você não tem vínculo fixo, precisa de crédito rápido ou busca mais liberdade para escolher como e quando pagar, o empréstimo pessoal pode ser mais indicado — mas exige atenção redobrada com juros e prazos.
Mas aqui vai o pulo do gato: não é só sobre taxa de juros. É sobre entender seu momento de vida, sua organização financeira, seu perfil como consumidor e, principalmente, a real necessidade do crédito.
Antes de contratar qualquer tipo de empréstimo, pergunte a si mesmo:
- Eu realmente preciso desse dinheiro agora?
- Tenho como pagar sem comprometer meu orçamento e minha paz mental?
- Esse empréstimo vai resolver um problema ou criar outro ainda maior?
A decisão certa é aquela que traz alívio e não ansiedade. Que te ajuda a evoluir financeiramente, não a afundar em parcelas sem fim.
Seja qual for sua escolha, faça com consciência, compare opções, leia o contrato, e nunca se sinta pressionado a fechar algo que não entendeu 100%.
E lembre-se: crédito pode ser uma ferramenta poderosa quando usada com inteligência — mas também pode virar uma armadilha silenciosa se você entrar no modo automático.
Perguntas Frequentes – Empréstimo Pessoal x Empréstimo Consignado
Qual a principal diferença entre empréstimo pessoal e consignado?
A principal diferença está na forma de pagamento: no pessoal, você paga por boleto ou débito; no consignado, o valor é descontado direto da folha.
Quem pode fazer empréstimo consignado?
Aposentados, pensionistas do INSS, servidores públicos e trabalhadores CLT de empresas conveniadas.
Qual tem a menor taxa de juros?
O consignado geralmente tem as menores taxas do mercado, por conta da garantia do desconto em folha.
Empréstimo consignado é descontado até quando?
Até o fim do contrato ou quitação da dívida. Mas pode ser renegociado ou antecipado.
Posso antecipar o pagamento?
Sim! E, ao fazer isso, você tem direito a desconto proporcional dos juros futuros. Fique de olho!